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Meta sob fogo: Acusações de censura para agradar governo chinês

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A Meta, empresa de Mark Zuckerberg, enfrenta novas e graves acusações de comprometimento com regimes autoritários. Desta vez, um denunciante afirma que o Facebook criou um sistema de censura para atender aos desejos do Partido Comunista Chinês (PCC). A revelação coloca em xeque a suposta defesa da liberdade de expressão promovida pela big tech.

O que está acontecendo com a Meta?

A ex-diretora de política global da Meta, Sarah Wynn-Williams, apresentou uma queixa à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) alegando que o Facebook desenvolveu um sistema de censura automática para banir conteúdo proibido pelo governo chinês. Essa iniciativa faria parte de uma estratégia fracassada para penetrar no lucrativo mercado chinês.

Os documentos apontam que a Meta teria concordado em hospedar dados de usuários chineses em servidores locais, facilitando o acesso do governo às informações pessoais dos cidadãos. Além disso, a big tech cogitou nomear um “editor-chefe” para supervisionar o que poderia ou não ser publicado na plataforma.

Facebook e o namoro com a China

Desde 2014, o Facebook vinha tentando entrar no mercado chinês, aceitando concessões cada vez mais arriscadas. Entre elas, destacam-se:

  • Hospedagem de dados de usuários chineses em servidores locais, incluindo Hong Kong.
  • Criação de um sistema de censura automática para detectar e excluir termos proibidos pelo governo.
  • Nomeação de um “editor-chefe” que teria o poder de remover conteúdo ou desligar a plataforma em momentos de instabilidade social.
  • Restrição de contas de dissidentes políticos, como Guo Wengui, um empresário chinês exilado que criticava o regime.

Apesar de todos esses esforços, a China manteve sua postura restritiva e baniu o WhatsApp em 2017, frustrando os planos da Meta de fincar raízes no país.

Meta e a hipocrisia da “liberdade de expressão”

Mark Zuckerberg passou anos se vendendo como um defensor da liberdade de expressão, principalmente após a reeleição de Donald Trump. Em 2019, chegou a fazer um discurso na Universidade de Georgetown criticando a censura na internet chinesa. O detalhe? Ele omitiu que, poucos anos antes, estava disposto a acatar as regras do PCC para lucrar com o mercado chinês.

Atualmente, Zuckerberg está pressionando o governo Trump para banir o TikTok, aplicativo chinês que domina o segmento de vídeos curtos. Coincidência ou apenas uma estratégia de mercado? Parece que, quando os interesses financeiros estão em jogo, a liberdade de expressão é apenas um detalhe.

A resposta da Meta

A Meta nega categoricamente as acusações, alegando que tudo não passa de ressentimento de uma funcionária desligada por “baixo desempenho”. Em nota, a empresa declarou: “Não operamos na China e as explorações nesse sentido foram abandonadas por Zuckerberg em 2019”. No entanto, os documentos vazados indicam que a história pode ser bem diferente.

Conclusão

As revelações do denunciante lançam uma luz incômoda sobre as práticas da Meta. Enquanto a empresa se vende como uma defensora da liberdade de expressão, os fatos sugerem que seus princípios são maleáveis quando há lucros bilionários em jogo. O caso também levanta questões sobre o real compromisso das big techs com a privacidade dos usuários e os riscos de conluio com governos autoritários.

O que a Meta fez para tentar operar na China?

A empresa aceitou censurar conteúdo crítico ao governo chinês, hospedar dados localmente e limitar perfis de dissidentes.

Quem é Sarah Wynn-Williams?

Ex-diretora de política global da Meta, ela denunciou os planos da empresa à SEC, revelando conluios com a China.

O Facebook chegou a operar na China?

Não oficialmente. Embora tenha tentado várias concessões, seus serviços foram banidos do país.

A Meta ainda tenta entrar no mercado chinês?

Atualmente, a empresa nega qualquer intenção de atuar na China, mas os documentos sugerem que a história foi diferente no passado.

Qual foi o papel de Zuckerberg nesse escândalo?

Zuckerberg esteve diretamente envolvido nas tentativas de negociação com a China e depois passou a se posicionar como defensor da liberdade de expressão.

Como isso impacta os usuários do Facebook?

O caso reforça preocupações sobre privacidade, censura e a real independência da Meta frente a governos autoritários.

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