A agência governamental que supostamente deveria garantir a eficiência nos gastos públicos parece estar falhando espetacularmente em sua própria missão. A Doge, liderada por um grupo que, para ser sincero, parece mais um bando de amadores do que especialistas em auditoria, continua a divulgar “economias” que, na realidade, nunca existiram. Mas até onde vai essa farsa?
Erros Atrás de Erros: Uma Rotina para a Doge
No último fim de semana, a Doge retirou ou alterou mais de 40% dos mais de 1.000 contratos que afirmava ter cancelado na semana anterior. Isso significa que quase metade das “economias” divulgadas ao público simplesmente evaporaram, revelando uma gestão de informações no mínimo duvidosa. Entre os contratos misteriosamente “desaparecidos” estavam cinco dos sete maiores cortes anunciados com pompa e circunstância.
O histórico de erro da Doge já era embaraçoso antes desse fiasco. Na semana anterior, a agência já havia removido 100% dos seus cinco maiores “cortes” anunciados, após uma verificação básica revelar que eles estavam completamente deturpados.
Contratos Falsamente Cancelados: O Que a Doge Esconde?
Os exemplos de falhas da Doge parecem não ter fim. Eis alguns dos mais vergonhosos erros recentemente desmascarados:
- Contrato de US$ 1,9 bilhão para suporte técnico do IRS: A Doge afirmou ter cancelado, mas na verdade foi anulado pelo governo Biden meses antes.
- Contrato de US$ 133 milhões da USAID na Líbia: Cancelado no ano anterior, sem qualquer envolvimento da Doge.
- Contrato de US$ 149 milhões para assistentes administrativos do Departamento de Saúde: Relatado erroneamente, pois o valor era de um contrato completamente diferente.
E esses erros nem são os piores. A Doge já comemorou um corte de US$ 8 milhões como se fosse de US$ 8 bilhões, duplicou a contagem de uma redução de US$ 655 milhões e ainda transformou uma provisão de US$ 560 mil em um suposto corte de US$ 232 milhões.
Economia ou Ficção? Os Números Não Batem
A Doge iniciou suas declarações com a promessa de que havia cortado US$ 16 bilhões em gastos desnecessários. No entanto, com as atualizações e as correções, o número caiu para menos de US$ 9 bilhões — e isso assumindo que o restante seja verdadeiro, o que, até agora, não inspira confiança alguma.
A NPR já apontou que dos primeiros US$ 55 bilhões anunciados pela Doge, US$ 46,5 bilhões não tinham qualquer documentação confiável. Isso levanta a questão: essa agência realmente está cortando desperdício ou apenas inventando números para parecer eficiente?
Conclusão: Transparência ou Manipulação?
O objetivo da Doge deveria ser auditar e melhorar a eficiência do governo, mas o que se vê é uma sucessão de erros crassos, revisões noturnas e uma aparente falta de competência. Enquanto a agência continua a “cometer erros”, a verdadeira dúvida é: isso é apenas incompetência ou um esquema deliberado para enganar o público? Se o próprio custo da Doge fosse auditado, talvez a maior economia de todas fosse simplesmente desativá-la.
FAQs – Perguntas Frequentes
O que é a Doge e qual é seu papel?
A Doge é uma agência governamental supostamente responsável por auditar e reduzir o desperdício no orçamento federal.
Quais são os principais erros cometidos pela Doge?
A Doge tem relatado cortes falsos, duplicado economias inexistentes e deturpado informações sobre contratos cancelados.
A Doge realmente economizou dinheiro para os cofres públicos?
Os relatórios iniciais indicavam economias de US$ 16 bilhões, mas após revisões e correções, esse valor caiu pela metade, indicando possíveis manipulações.
Quais foram os maiores erros da Doge?
A Doge celebrou um corte de US$ 8 milhões como se fosse de US$ 8 bilhões e incluiu contratos já cancelados por outras administrações como se fossem sua própria economia.
Qual é o impacto desses erros na credibilidade da Doge?
A constante revisão e retirada de informações coloca em dúvida a credibilidade da agência e a validade de seus relatórios.
O que poderia ser feito para melhorar a transparência da Doge?
Auditorias independentes e um maior controle sobre a divulgação de informações poderiam evitar manipulações e erros recorrentes.
